Seriam pêlos ou novelos
estes cabelos a me amarrar?
Seriam erros ou acertos
estes desejos a me embaraçar?
é o objeto ou o movimento
que me motiva?
ativa, passiva, parceira
faceira, viçosa...
teu liquido escorre em nossa pele.
eu bebo até o fim
de mi nao tens nenhuma parte
nenhuma!
tens o todo, o tudo
o oco, o mudo
tens o sim!
maio de 2010, manhã de sol, embaixo das arvores
é descobrir o que ainda não somos, é o desejo de trasbordar, é a espera do que não virá, é reconhecer nossa pequenês, é sabermos que somos apenas humanos
sábado, 8 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
O melhor dia da minha vida
Hoje bem cedo eu disse a mim mesmo: é hoje, tem de ser hoje, de hoje não passa! Este é o grande dia ela há de me querer, já disse tantas vezes que me amava,que sou sua razão de viver.
Ela já se sentia preparada, estava planejando tudo para aquele dia; não vendo a hora dele acontecer. Ao acordar ela sentiu a mesma sensação que eu; ágil e eficiente aprontara tudo, deixando para mim apenas a angustia de esperar. Á tarde ao encontrar a amiga que sinceramente já estava cheia de falar de mim; ela falou de como se sentia em relação a mim, do desejo incessante de mim ver e finalmente tornar-se uma mulher de verdade, assim como eu serei um homem de verdade , deixando de ser isso. Agora sei que, sinto, amo, vivo, não plenamente, não até agora, mas como já disse de hoje não passa.
O tempo passava á medida que se aumentava a ansiedade. Finalmente consumaria o desejo dos últimos meses. A noite caíra. Meu corpo parecia sentir que a hora se aproximava. Ela banhara-se e perfumara-se minha espera. O seu corpo parecia pedir para que eu finalmente estivesse em seus braços.
Era chegada a hora, nós começamos a transpirar pelo esforço exercido, embora sabíamos que seria assim ,complicado, o prazer final valeria qualquer coisa . Ela já molhada de suor, seu corpo cálido parecia implorar pelo fim daquele misto de tortura e prazer. O ritmo como qual o seu ventre dilatava-se e contraria-se aumentava, ela começou a gemer de dor respirando rapidamente; suas pernas envergadas estavam meio bambas pelo cansaço; enquanto balbuciava sons inaudíveis. Era a sua primeira vez, assim ela começou a sangrar, eu fiquei meio preocupado com aquilo , pensei que este tipo de coisa era normal em momentos lindos como aquele . Estávamos no clímax, uma ultima gota de suor pingou do seu queixo no lençol que agora já não era branco, finalmente senti um arrepio dos pés a cabeça e suspirei fundo, me dei conta que eu era gente de verdade , sai de dentro dela. Ela ainda dolorida, afinal aquilo era muitas vezes difícil para qualquer uma imagine a ela , a sua primeira vez.
Depois daqueles segundos unidos, prestes á indesejada separação, senti-me forte mesmo sabendo que era fraco, e mesmo com toda a, acho que masculinidade que deveria expressar, não sei explicar o por quê; mas este tufão de sensações novas, esse novo ar , soberano sobre mim fez as lagrimas caírem, chorei ! Confesso, calei-me apenas quando estive nos braços dela, não sei explicar porque ,mas isso parecia me dar segurança. Ela me abraçou e me beijou longamente me fazendo chupar incessantemente, foi ótimo me senti saciado.
Ela me abraçou de novo e me beijou mais uma vez, olhou-me nos meus olhos e disse que me amava. então pensei:
_Também te amo, afinal o que seria de mim de mim sem você mamãe.
segundo semestre de 2005. na saudosa escola estadual.
segundo semestre de 2005. na saudosa escola estadual.
Palavras
Escrevi teu nome
Repetidas vezes
Na areia, no vento
No espaço, no tempo
Como se em cada letra
me inscrevesse em você
enquanto te escrevo no papel
Dei pra escrever poesia
essas já não tinham teu nome
a escrita do nome
era cotidiana.
Demarcação diária
de teus territorios em meus desertos
des-habita-dos
a poesia era eventual
vinha quando queria.
Não era mais letras
que eu queria escrever
com as palavras.
Eu queria arrepios,
mordidas, toques,
frios.
feridas, cortes
queria para a minha alma
casa, carinho. queria...
fortes.
queria proteção
permanêcia
sensação de transcendencia
eu que sempre fui aéreo
queria o chão.
Insistia em plantar
palavras no papel
teu nome
em codígos.
Senhas
pretegeriam-me do esquecimento?
Palavras plantadas
criaram raizes
abriram meu peito
e hoje doem.
Preciso agora de uma palavra
borracha, enxada
lixa, facão
bucha, escova
sabão,
palavra que tire , ... que limpe
o meu coração
disso que sinto
e que não sei
que nome tem.
24 de agosto de 2010. muita tristeza pra poucas palavras, em algum lugar fora de mim.
Repetidas vezes
Na areia, no vento
No espaço, no tempo
Como se em cada letra
me inscrevesse em você
enquanto te escrevo no papel
Dei pra escrever poesia
essas já não tinham teu nome
a escrita do nome
era cotidiana.
Demarcação diária
de teus territorios em meus desertos
des-habita-dos
a poesia era eventual
vinha quando queria.
Não era mais letras
que eu queria escrever
com as palavras.
Eu queria arrepios,
mordidas, toques,
frios.
feridas, cortes
queria para a minha alma
casa, carinho. queria...
fortes.
queria proteção
permanêcia
sensação de transcendencia
eu que sempre fui aéreo
queria o chão.
Insistia em plantar
palavras no papel
teu nome
em codígos.
Senhas
pretegeriam-me do esquecimento?
Palavras plantadas
criaram raizes
abriram meu peito
e hoje doem.
Preciso agora de uma palavra
borracha, enxada
lixa, facão
bucha, escova
sabão,
palavra que tire , ... que limpe
o meu coração
disso que sinto
e que não sei
que nome tem.
24 de agosto de 2010. muita tristeza pra poucas palavras, em algum lugar fora de mim.
Mangue
Meu amor anda tão serio
que só sabe ser em gargalhadas
as vezes costura as ruas feito um ébrio
Por não saber ao certo aonde levam as estradas.
As vezes senta numa pedra e ri de si
não entende-se - como pôde ele ter nascido
de duas almas estilhaçadas?
como pode ser feito de pedaços colados com sangue...
e com esmero
de ser ele como o mangue
misturado em varios elos.
Derrepente levanta e decide ir por outro caminho
mais uma vez optou pela mata mal trilhada
e segue a gargalhadas.
que só sabe ser em gargalhadas
as vezes costura as ruas feito um ébrio
Por não saber ao certo aonde levam as estradas.
As vezes senta numa pedra e ri de si
não entende-se - como pôde ele ter nascido
de duas almas estilhaçadas?
como pode ser feito de pedaços colados com sangue...
e com esmero
de ser ele como o mangue
misturado em varios elos.
Derrepente levanta e decide ir por outro caminho
mais uma vez optou pela mata mal trilhada
e segue a gargalhadas.
Ar(r)anhas
Tanto te peço um verso
um só, aquele que me sorve
aquele que me deixa reverso,
um verso só já resorve.
Daquele que beija por dentro,
aquele que alumia as entranhas,
que me arrepie bem, feito vento
causando umas ideias estranhas.
Que me amarre nas teias do tempo,
bem trançado feito redes de ar(r)anhas
Dando nó a nó tocando bem lento
punindo por cada beijo que ganhas.
um só, aquele que me sorve
aquele que me deixa reverso,
um verso só já resorve.
Daquele que beija por dentro,
aquele que alumia as entranhas,
que me arrepie bem, feito vento
causando umas ideias estranhas.
Que me amarre nas teias do tempo,
bem trançado feito redes de ar(r)anhas
Dando nó a nó tocando bem lento
punindo por cada beijo que ganhas.
Viver
Cortado com foice
marcado foi-se.
É o passado a me tomar pelas mãos
e me arremessar.
Os cacos espalhados pelo chão
ainda vivo
parido em pedaços
um zunido
um rito
um grito
e aqui estou
presente.
Tao presente como quem virá
tão intenso como quem foi-se
cortando a carne
a própria carne.
num esta(r)lo infinito.
marcado foi-se.
É o passado a me tomar pelas mãos
e me arremessar.
Os cacos espalhados pelo chão
ainda vivo
parido em pedaços
um zunido
um rito
um grito
e aqui estou
presente.
Tao presente como quem virá
tão intenso como quem foi-se
cortando a carne
a própria carne.
num esta(r)lo infinito.
Ferida
tenho uma ferida comigo
em carne viva
cuidada com carinho
pra nao cicatrizar.
Tenho uma ferida em mim
que rasgo de dia
para à noite poder
te chamar pra cuidar.
Sou uma ferida aberta
que num pulo abre
que nunca sabe
o remedio pra sarar.
Sou uma ferida inquieta
que quando crio casca
me abro, me arranho
me rasgo num banho
me entrego num olhar.
Sou uma ferida e o sangue
que escorre da veia
que gruda feito teia
pra nao mais largar
Sou uma ferida que queima
que em brasa serpenteia
riscando a lua cheia
temendo em inteiro me entregar.
em carne viva
cuidada com carinho
pra nao cicatrizar.
Tenho uma ferida em mim
que rasgo de dia
para à noite poder
te chamar pra cuidar.
Sou uma ferida aberta
que num pulo abre
que nunca sabe
o remedio pra sarar.
Sou uma ferida inquieta
que quando crio casca
me abro, me arranho
me rasgo num banho
me entrego num olhar.
Sou uma ferida e o sangue
que escorre da veia
que gruda feito teia
pra nao mais largar
Sou uma ferida que queima
que em brasa serpenteia
riscando a lua cheia
temendo em inteiro me entregar.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Aço
Meu amor é um parto parindo aos pedaços.
Meu amor eu não paro, partindo pedaços;
São aços cortados com papel ofício
São laços amarrando pedaços de um ser que nao cabe em si,
nem em mim, e que cresce...
Pare! eu grito enlouqecidamente
mas ele continua nascendo, crescendo e brotando
exigindo de mim que eu o para...
o ponha pra fora, pois ele nao cabe mais em mim.
Mas ele é tao enorme que este parto acontece partido.
e eu que nem queria tomar partido
nem sei que historia é essa de politica com amor.
As coisas fluem, veja o verso anterior,
saem de mim, partem de mim
e por mais que eu queira eu nao as paro.
- não consigo para-las, só pari-las!
Só pari-las, consigo,
e só o faço parando, cortando,
deixando aos pedaços.
Depois enlaço, minha cria de aço
tentando lhe dar forma,
mas ela é dura, é de aço
não se deixa moldar.
O máximo que consigoé amar
minha cria
nossa cria de aço
e que agora me embaraço
ao chama-la de amor.
outubro de 2009, parado em algum lugar do planeta, viajando no tempo.
Meu amor eu não paro, partindo pedaços;
São aços cortados com papel ofício
São laços amarrando pedaços de um ser que nao cabe em si,
nem em mim, e que cresce...
Pare! eu grito enlouqecidamente
mas ele continua nascendo, crescendo e brotando
exigindo de mim que eu o para...
o ponha pra fora, pois ele nao cabe mais em mim.
Mas ele é tao enorme que este parto acontece partido.
e eu que nem queria tomar partido
nem sei que historia é essa de politica com amor.
As coisas fluem, veja o verso anterior,
saem de mim, partem de mim
e por mais que eu queira eu nao as paro.
- não consigo para-las, só pari-las!
Só pari-las, consigo,
e só o faço parando, cortando,
deixando aos pedaços.
Depois enlaço, minha cria de aço
tentando lhe dar forma,
mas ela é dura, é de aço
não se deixa moldar.
O máximo que consigoé amar
minha cria
nossa cria de aço
e que agora me embaraço
ao chama-la de amor.
outubro de 2009, parado em algum lugar do planeta, viajando no tempo.
Meu Amor é lua
Meu Amor é lua
não sol ele é lua
não ofusca ele brilha
de um brilho que abraça
aquece só um pouquinho permitindo que o frio do
vento faça a sua parte.
Tem seus ciclos
as vezes quase some na noite escura
outros sentimentos começam a brilhar, uns mais
outros nem tanto
uns mais maus, outros nem tao bons
até que ele retorna
tímido, crescendo a cada dia
abrindo seu largo sorriso
até tornar-se completa,
fazendo do meu céu seu palco.
Mas mesmo em sua gloria
ainda permite que outros sentimentos
mostrem-se em sua pequenês.
Meu amor é lua, as vezes
brilha tao intensamente que
penso que é sol
mas logo percebo que ele é lua
pois ele é de dia de vez em quando
mas é a noite que majestoso
se apossa de mim.
Agosto de 2009, noite quente, assisti(n)do a luz de um poste
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