sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O melhor dia da minha vida

                         
Hoje bem cedo eu disse a mim mesmo: é hoje, tem de ser hoje, de hoje não passa! Este é o grande dia ela há de me querer, já disse tantas vezes que me amava,que sou sua razão de viver.
Ela  já se sentia preparada, estava planejando tudo para aquele dia; não vendo a hora dele acontecer. Ao acordar ela sentiu a mesma sensação que eu; ágil e eficiente aprontara tudo, deixando para mim apenas a angustia de esperar. Á tarde ao encontrar a amiga que sinceramente já estava cheia de falar de mim; ela falou de como se sentia em relação a mim, do desejo incessante de mim ver e finalmente tornar-se uma mulher de verdade, assim como eu serei um homem de verdade , deixando de ser isso. Agora sei que, sinto, amo, vivo, não plenamente, não até agora, mas como já disse de hoje não passa.
O tempo passava á medida que se aumentava a ansiedade. Finalmente consumaria o desejo dos últimos meses. A noite caíra. Meu corpo parecia sentir que a hora se aproximava. Ela banhara-se e  perfumara-se minha espera. O seu corpo parecia pedir para que eu finalmente estivesse em seus braços.
Era chegada a hora, nós começamos a transpirar pelo esforço exercido, embora sabíamos que seria assim ,complicado, o prazer final valeria qualquer coisa . Ela já molhada de suor, seu corpo cálido parecia implorar pelo fim daquele misto de tortura e prazer. O ritmo como qual o seu ventre dilatava-se e contraria-se aumentava, ela começou a gemer de dor respirando  rapidamente; suas pernas envergadas estavam meio bambas pelo cansaço; enquanto balbuciava sons inaudíveis. Era a sua primeira vez, assim ela começou a sangrar, eu fiquei meio preocupado com aquilo , pensei que este tipo de coisa era normal em momentos lindos como aquele . Estávamos  no clímax, uma ultima gota de suor pingou do seu queixo no lençol que agora já não era branco,  finalmente senti um arrepio dos pés a cabeça e suspirei fundo, me dei conta que eu era gente de verdade , sai de dentro dela. Ela ainda dolorida, afinal aquilo era muitas vezes  difícil para qualquer uma imagine a ela , a sua primeira vez.
Depois daqueles segundos unidos, prestes á indesejada separação, senti-me forte mesmo sabendo que era fraco, e mesmo com toda a, acho que masculinidade que deveria expressar, não sei  explicar o por quê;  mas este tufão de sensações novas, esse novo ar , soberano sobre mim fez as lagrimas caírem, chorei ! Confesso, calei-me apenas quando estive nos braços dela, não sei explicar porque  ,mas isso parecia me dar segurança. Ela me abraçou e me beijou longamente me fazendo chupar incessantemente, foi ótimo me senti saciado.
Ela me abraçou de novo e me beijou mais uma vez, olhou-me nos meus olhos e disse que me amava. então pensei:
_Também te amo, afinal o que seria de mim de mim sem você mamãe.   


segundo semestre de 2005. na saudosa escola estadual.

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